quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Ponto final.


Ontem a noite me peguei pensando como eu reluto pra aceitar colocar um ponto final em várias situações.
Porque é tão difícil aceitar o fim?
Lembro que reclamava ansiosa pelo fim do colegio e hoje sinto falta daquela correria.
Uma coisa banal: final de um filme daqueles que arranca suspiro e você gostaria que tivesse uma continuação.
O final de um livro, da novela, do seriado...
O último pedaço de um doce maravilhoso.
O final das férias, do ano, do dia do aniversário, de uma viagem inesquecível.
Do abraço, do beijo, da despedida, das horas que passam quando tudo que você queria é congelar aquele momento.
O final de um relacionamento que sempre é mais dolorido pra um do que pra outro.
Aliás como é difícil aceitar que simplesmente aquele namoro, as promessas de amor, os sonhos sonhados, os planos feitos simplesmente se desfizeram de um dia pro outro, através das palavras: acabou, fim???
Quando alguém acha que deve acabar, como se determina que é o fim?
Porque o pra sempre, SEMPRE ACABA????
Porque toda história tem que ter inicio, meio e fim?
Não gosto de ponto finais.
Prefiro acreditar na eternidade da vida, dos sentimentos...

abstrair...


ABSTRAIR
Abstrair... a solução é abstrair...
Não! Não é ficar alienada, no mundo da lua... é abstrair.
1. Considerar separadamente (elementos de um todo),
2. Separar, afastar,
3. NÃO LEVAR EM CONSIDERAÇÃO.
Só por hoje vou abstrair a tristeza, a cara feia.
Só por hoje vou abstrair esse céu cinzento.
Só por hoje vou abstrair sua imagem da minha memória.
Vou abstrair as dores desse mundo, olhar só pro meu umbigo.
Egoísta? O suficiente pra não perder minha individualidade.
Feliz? na maioria dos dias. Na verdade sou feliz, mas tenho momentos tristes.
Hoje eu me permito falar sozinha, rir a toa, a ficar de bobeira.
Permito-me dizer eu quero, eu não quero...
Me permito ser inconstante, intensiva e impulsiva.
A comer chocolate sem culpa.
Pois como bem cantou Lulu Santos " vamos viver tudo o que há pra viver, vamos nos permitir"