terça-feira, 30 de março de 2010

* Com lágrimas nos ollhos...


Enquanto ele chorava para ela,

ela o escutava,

com os braços em sua volta,

olhando para fora,

para o vazio,

como se quisesse escutar seus pensamentos e mostrar para ele os dela.


Com lágrimas nos olhos, ela o escutava, com o peito gritando para poder protestar, mas não o fazia, não podia assustá-lo.


Ela perguntava para ele, mas ele mal a olhava nos olhos, TALVEZ , por vergonha de suas lágrimas, talvez, POR MEDO.

Os dois sabiam que aquilo não podia acabar assim, que não iria acabar assim.

O que existia ali era muito FORTE, e seria um crime acabar com aquilo.

E não ACABOU, e não ia ACABAR.


->Afinal, não era para sempre?


Os dois sabiam disso, os dois ainda se amavam, TALVEZ, mais do que nunca, talvez de uma forma mais carinhosa. Ela queria protegê-lo, ele queria só abraçá-la, para sentir que não a perdeu, e não perderia.

Os dois eram como um, em um lugar, que já não importava mais, apenas eles importavam.

...Mas o clima parecia ter sido obrigado a permanecer, e permanecia, como uma nuvem acima das cabeças daqueles jovens que por dentro choravam, mas por fora queriam poder sorrir, para que O OUTRO SORRISSE TAMBEM.

...Mas já estava tudo bem, ou bem melhor do que no início.


As lágrimas de tristeza, TALVEZ, tenham se tornado de alívio, talvez, tenham se tornado de felicidade...!!



II)