terça-feira, 30 de março de 2010

(( Fragmentos ))



Não era um dia comum,





O céu ainda estava cinzento o ar estava mais pesado do que o normal, a brisa estava seca...
ELA sabia, assim que ACORDOOU que algo estava DIFERENTE, estava sentindo as borboletas voarem em seu estomago como se estivesse em um parque qualquer, estava sentindo sua garganta engasgada, como se algo estivesse entalado como um caroço enorme qualquer, mas não havia nada, pois não tinha comido nada no dia anterior, não sentia o gosto das comidas, achava tão banal sentir o cheiro da sua comida favorita e não saber mais a diferença entre a comida que mais detestava e aquela...





Era simplesmente difícil ela sair naquele dia, naquele dia não podia sair como se estivesse bem, estava tão CONFUSA tão...FORA DE SI.





Era visível que estava lá dentro dela, era visível que ela tinha mergulhado em seus próprios olhos, ela tava lá buscando alguns tesouros, alguns momentos eternos perdidos, entre tantos... Ela se agarrava ternamente em cada lembrança, em cada pedacinho que o lembrava, agarrava com tanta delicadeza e carinho ao mesmo tempo com uma força, como se fosse perder sua vida... Estava tão APAVORADA por dentro... Era uma mistura estranha entre a certeza que nunca mais iria vê-lo ali parado e a duvida se iria esquecer AQUELE SORRISO AQUELE JEITO SINGULAR DE SER, o medo de não lembrar mais do seu rosto estava em seus olhos que estava perdido, era incrível como ela olhava pra um horizonte e não conseguia ver nada, simplesmente nada, e ao mesmo tempo dentro da sua mente passava suas lembranças com o direito de pausar e repetir como se estivesse assistindo um filme qualquer numa tarde de quarta feira tediosa... Ela não tinha percebido mas ela estava em dois lugares ao mesmo tempo... Ela perdeu os seus sentidos, não conseguia sentir o próprio toque, NEM DE OUTRAS PESSOAS, os abraços parecia ser tão VAGO, tão DISTANTE, ela não conseguia simplesmente SENTIR, e não culpava os outros eles simplesmente sabia que não era tão fácil assim... Ela estava tão focada em seus tesouros dentro de si que havia esquecido de respirar...





Era fascinante como ela se agarrava com tanta facilidade em tudo aquilo q lembrava ele como se fosse preencher aquela SENSAÇÃO DE VAZIO, sensação de não TER NADA POR DENTRO...





Era como se um unico fio que unia, era aquela ultima esperança de que tudo, absolutamente tudo, ERA UMA MENTIRA, e que se acordar do pesadelo tudo iria voltar ao NORMAL...











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