terça-feira, 18 de agosto de 2009

Encontros..

... é como abrir uma arca antiga e reconhecer, de imediato, o aroma que dela se desprende. O perfume das roupas, talvez conservadas por um saquinho de linho cheio de cânfora ou alfazema, o cheiro da madeira, a maciez dos interiores forrados a tecido.E depois é o olhar, que é outro dos sentidos absorvedores de emoções. Naquele interior tudo é conhecido, tornado nosso por anos de convívio, passamos a vista por todos os cantos e recantos num breve reconhecimento, pegamos num objecto que nos foi oferecido por alguém muito amado e só é preciso esse toque para ver as imagens desse dia a desfilar-nos pela mente.Reencontrar memórias é recuperar um livro que sabemos de cor, o primeiro que lemos, ou talvez não, aquele que mais nos influenciou para o resto das nossas vidas. É continuar do ponto em que as arrumámos com carinho, embrulhadas em papel de seda, como se o hiato espaço/tempo nunca tivesse existido e o dia de hoje fosse apenas o dia seguinte àquele onde as deixámos guardadas, muitos anos atrás. Reencontrar pessoas queridas é igual.


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Há encontros em que as pessoas trocam idéias, compartilham sonhos e fortalecem a vida.Há encontros em que a pessoas só falam obviedades que nada acrescentam e você fica com a sensação de que está perdendo seu tempo.
Há encontros em que a pessoa só fofoca, denigre ou inveja. Estes nos matam.Há encontros em que o silêncio é mais proveitoso que as palavras.
Há encontros em que o olhar, o toque, o carinho dispensam as palavras.Há encontros em que a palavra deve ser bem pesada, pensada, sentida, vivida.
Há encontros em que a vida pára para que as pessoas possam viver.
Há encontros em que a vida dispara porque se tem o desejo de viver tudo em um instante.
Há encontros que são benção e outros maldição. São maldição quando um se sente superior ao outro ou quando um vê o outro como objeto dos seus desejos ou fonte de recursos. Também o são quando, ao invés de ser encontros são trombadas, porque não propiciam a taquicardia do olhar no olho, do toque suave, do cheiro, do abraço, do confiar, do ajudar, do chorar juntos, antes promovem feridas. São benção quando se percebe que você e a outra pessoa são honestas e se abrem e dizem o que pensam, sonham e compartilham a vida.
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"A vida é a arte dos encontros embora haja tantos desencontros pela vida."


Reencontro fantástico!Amigos nunca se separam... apenas trilham rumos diferentes...Mas volta e meia se esbarram por ai... nos caminhos que a vida nos leva!